sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Reação quimica

Era fim de ano, época de bagunças e notas penduradas na forca!
A professora de quimica chega em seu aluno mais pendurado e propõe:
- Olha não quero reprovar você! Se você topar fazemos uma prova oral com 4 perguntas, se você acertar eu deixo sua nota bimestral azul, pode ser?
- Pode né fessora, fazer o que! Manda Bala! – o aluno oscilava entre animação, esperança e medo, mas sabia que era o único jeito.
- Vamos lá então primeira pergunta “qual o nome do componente quimico, que usamos como gás de cozinha?
- Ê  fessora já começou BUTANO pra fu...
- O que você disse? – a professora parecia interessada
- Ah.... Butano? – o menino parecia ressabiado
- Certa resposta! Vamos a proxima! Diga-me o nome de um metal que usamos em costruções
- Mas é um Cu mês...
- Como é?
O menino estremeceu mas respondeu:
- CU...
- Certíssimo o cobre é muito usado! E gostei de ver você usando a expressão da tabela periodica! Vamos lá só faltam mais duas... Diga o nome de um metal nobre que encontramos na tabela periodica
- AU! Essa...
- Isso! O ouro é muito nobre mesmo! Parece que você andou estudado! Ultima hein... Tem que acertar! Diga o nome de um composto aromático
- Ixi! Essa só Jesus BENZENO pra...
- Muito beeeeem! As quatro corretissima! Na minha materia você está aprovado!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Casos de familia

   Almeida chega em casa exausto após um dia longo de trabalho, a mulher já lhe vem toda carinhosa:
   - Fiz o prato que você mais gosta!
   - Qual o plano dessa vez? – retruca o homem, já que conhecia a mulher e sabia que ela não era de se dedicar a cozinha, ali tinha...
   - Que plano Almeida, não posso tentar agradar que já estou tramoiando. Bom saber que você pensa assim de mim... – ela fez aquele biquinho que dobraria qualquer homem... Menos o marido.
   - Vamos, estou querendo saber, qual é o golpe dessa vez, se for seu irmão querendo dinheiro de novo esqueça, mande ele trabalhar...
   - Não é isso... – responde a mulher rancorosa - não conheço quem seja mais muquirana que você! Da até tchau de mão fechada!
   - Ahaaa então tem alguma coisa – disse ele triunfante – é seu primo querendo a furadeira de novo? A resposta é não, da ultima vez ele entornou 2 pontas...
   - Nossa como você é materialista! Mas também não é isso – disse a mulher com a cara virada
   - Hum... O que é então Maria das tramóias? – sim ele estava com medo da resposta...
  - Mamãe vem passar uma temporada conosco!
  - Mas não acredito! Ela saiu daqui a três meses depois de uma temporada de anos, você quer me matar do coração não é? Se for pelo seguro esqueça, me desfiz dele semana passada... – a raiva era tanta que até a careca brilhante tornou-se vermelha.
   - Nossa você fala da mamãe como se ela fosse um monstro – a mulher estava mais rancorosa do que nunca.
   - E ela é um monstro! Gasta mais dinheiro do que eu consigo ganhar, cheira a perfume ranço, fala mal de mim mais do que a boca agüenta , tem mais verrugas que sapo boi, come mais que filhote de leão e ainda por cima tenho que dar meu lugar na cama pra ela, por que ela não gosta do colchão do quarto de visitas. Se isso não e um monstro, não sei o que é então. – a face dele pegava fogo de tanto nervoso.
    - Nossa eu passei o dia todo fazendo seu prato preferido e o mousse de chocolate que você gosta para isso? Ouvir você difamar a minha santa mãezinha...
   - Ai meu Deus... Se tem mousse de chocolate é por que há mais golpes por vir... Vai mulher enfia a faca no meu peito de uma vez, qual favorzinho você ainda vai me pedir?
   - A benzinho não é nada demais, nada do que você não possa fazer... Meu irmão precisa de cem reais e o meu primo da furadeira,...
   Almeida enfartou, mas antes conseguiu dizer “você conseguiu...”

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Educação ao Telefone


Oliveira estava a procura de emprego desde que a empresa de marketing que trabalhava havia falido, era véspera de feriado de um dia friozinho , a tv a cabo ainda funcionava e estava recheada de filmes que ele adorava assistir pra acabar dormindo.... Quando de repente:
- Triimmmmmmmmm – o telefone tocava nas alturas em meio ao sono embelezador de Oliveira
- Alôô – a voz arrastada não negava o sono
- Boa tarde! Estamos ligando para lhe oferecer uma incrível promoção de minutos para sua linha residencial... –atendente cheia de vida tagarelava, Oliveira afastou o telefone da orelha e depois respondeu paciente
- Obrigado! Mas não me interesso no momento- dizendo isso desligou e disse para si mesmo - Droga! Achei que era a resposta de entrevista que fiz essa semana – cabisbaixo voltou ao sofá, quando quase cochilava novamente:
- Triiiiiiiimmmmmmmmm
- Alô! – Oliveira atendeu animado, não perdendo as esperanças
- Boa tarde! Estamos ligando para lhe oferecer uma incrível promoção de minutos para sua linha residencial... – era a mesma voz de meia hora atrás, mais uma vez ele dispensou o serviço, mas já começava a se aborrecer:
- Puta que pariu! Como existe gente insistente nesse mundo! Já disse que não quero o serviço... –percebendo que a raiva não adiantaria de nada, apenas voltou a seu sofá, com seu controle remoto.
Quando estava a beira de uma terceira tentativa de sono:
- Triiiiiiiiiiiiiimmmmmmmmmm
Dessa vez sua face queimava, ele arrancou o telefone da base com força e gritou a plenos pulmões:
- Eu já disse que não quero a porcaria do seu serviço! Entendeu agora? Eu não quero! Ene, a ,ó, til! Nããão queeero! Entendeu agora! Merda!
- Boa tarde, Senhor Oliveira! Estamos ligando para informar que o senhor passou na entrevista para chefe de vendas do  telemarketing, ainda se interessa?

Maria?

Menino chega chorando todo roxo em casa, a mãe preocupada pergunta o que aconteceu.
- Empurrei a Maria! – diz o menino com raiva
- Mas o que a pobre te fez sua peste? – diz a mãe brava, indignada – Vou dizer isso pro teu pai que não vai gostar nada... E já pro quarto de lá não sai hoje!
- Mas hoje é terça...
- Mas nada! Vai ficar sem futebol hoje!
Chega a tarde, o irmão do menino chega, olha o pobre todo roxo e pergunta o que aconteceu
- Empurrei a Maria! – diz o menino com raiva dobrada
- Onde já se viu menino, não foi isso que o pai, a mãe e eu ensinamos... Mas é uma peste mesmo! – alem do sermão o irmão deu-lhe um safanão.
Dali meia hora chega o tio do menino, que lhe faz a mesma pergunta ao ver o roxo, e o menino responde:
- Empurrei a Maria! – diz o menino com muita raiva
- Onde já se viu meninos não batem em meninas, onde esse mundo vai parar... Seu nome devia ser PESTE! – o menino recebe mais um safanão e o tio sai.
A noite cai e chega o pai, que chega ao menino já sabendo da história, vendo o menino roxo e com os olhos cheio d’água diz:
- Filho o pai não vai bater e nem brigar, só quer saber, por que você empurrou a Maria?
- Pai hoje eu estava no recreio um grupo de meninos maiores chegaram me batendo sem eu saber o porquê, quando terminaram me disseram “isso foi por empurrar a Maria”, mas pai eu não conheço nenhuma Maria.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Alfredo

Alfredo olha no relógio 08:00 AM esta atrasado, tem relatórios para entregar ao chefe, e seu emprego esta por um fio, se troca apressado, quando esta de saída olha para o lado a mulher dorme, ele a cutuca
- Mas não se pode confiar em você mesmo, mas é uma preguiça...
- Mas aonde você vai Alfredo? - pergunta a mulher, que só ouve o bater da porta, fica confusa, mas o sono é tão graande...
Alfredo espera o ônibus impaciente – o carro esta na oficina – ele pragueja a demora... Quando o ônibus chega, irrita-se com a lotação. Em meio ao caminho um engarrafamento, ele fica fulo já que está apenas há dois quilômetros no trabalho. Desce do ônibus decidido a ir a pé, mal sabia o que lhe aguardava.
Em meio ao caminho viu muita gente com roupas de praia e de passeio, pensou “mas que gentinha desocupada”. Resolveu cortar caminho, entrou num beco, foi ai que dois meninos mal encarados e com uma arma, levaram seu dinheiro e celular. Ele pragueja mais do que pode. Olha o relógio, está muito atrasado, corre mais do que pode. Quando chega a empresa nota a falta do movimento corriqueiro, quando tenta adentrar o recinto o segurança o impede:
- Sr. Alfredo não esta autorizado a entrar hoje
- Como não? Eu trabalho aqui! Isso é um boicote? – responde o homem com os olhos até trincados de irritação – Você não sabe o que passei para chegar aqui, mulher que não me acordou, ônibus lotado de gente desocupada, fui assaltado mal tenho dinheiro para almoçar e voltar, e agora eu não posso entrar... Dê-me um bom motivo!
- Por que hoje é domingo seu Alfredo! É domingo! Agora volta pra casa...

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Telefonema


Ele acordou assustado, tomara um tabefe na cara enquanto dormia, ficou sem entender. A mulher ao seu lado fingia que dormia, mas não dormia, segurava o riso pelo que tinha feito, tinha se vingado...
No outro dia no café da manhã:
- Bom dia benzinho, Nossa o que é esse roxo no rosto? – disse ela fingindo surpresa – Arrumou briga na rua né? Parece criança...
O marido olha com cara de “quero te matar” e responde.
- Isso foi você quem fez essa madrugada! Sonhou de novo que estava num romance policial cheio de ação, ajudando aquele atorzinho barato que você acha lindo? Só pode né... Nem sabia que você tinha tanta força... Como vou trabalhar hoje? Tenho um cliente importante para atender...
- A Melissinha? – quando viu ela já tinha soltado
- Que Melissinha? – perguntou o homem franzindo o cenho confuso, não conhecia nenhuma Melissa, era um homem muito fiel.
- Uma mulher com esse nome, te ligou ontem a noite, eu atendi, você estava no banho, ela disse que espera pelo recebimento do serviço – disse a mulher torcendo os lábios e olhando como se possuísse uma metralhadora em mãos...
Foi ai que o pobre cidadão lembrou que semana passada o pneu do carro furou, que achou uma borracharia no meio do nada e que como não aceitavam cartão ficou de acertar assim que virasse o mês, e deu seu telefone para a atendente (que era mulher do borracheiro) ligar e fazer a cobrança, agora sabia o porquê do tabefe!
Explicou a mulher, que torceu a cara, quis provas, ele ligou e acertou o pagamento, levou a mulher quando foi levar o dinheiro.
A mulher compadecida quis se redimir, foi comprar um vinho artesanal que o marido tanto gostava numa fazenda uns 40 km fora da cidade, no meio do nada o carro quebra ela acha uma mecânica, agradece aos céus, lá não aceitam cartão, ela só tinha dinheiro para o vinho, deixa o telefone com o mecânico Ricardão e fica de acertar dali 15 dias...
Acorda uns dias depois no meio da noite com a cara ardendo um tabefe e o marido fingindo que dormia... Ai lembrou “o mecânico”...