quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Alfredo

Alfredo olha no relógio 08:00 AM esta atrasado, tem relatórios para entregar ao chefe, e seu emprego esta por um fio, se troca apressado, quando esta de saída olha para o lado a mulher dorme, ele a cutuca
- Mas não se pode confiar em você mesmo, mas é uma preguiça...
- Mas aonde você vai Alfredo? - pergunta a mulher, que só ouve o bater da porta, fica confusa, mas o sono é tão graande...
Alfredo espera o ônibus impaciente – o carro esta na oficina – ele pragueja a demora... Quando o ônibus chega, irrita-se com a lotação. Em meio ao caminho um engarrafamento, ele fica fulo já que está apenas há dois quilômetros no trabalho. Desce do ônibus decidido a ir a pé, mal sabia o que lhe aguardava.
Em meio ao caminho viu muita gente com roupas de praia e de passeio, pensou “mas que gentinha desocupada”. Resolveu cortar caminho, entrou num beco, foi ai que dois meninos mal encarados e com uma arma, levaram seu dinheiro e celular. Ele pragueja mais do que pode. Olha o relógio, está muito atrasado, corre mais do que pode. Quando chega a empresa nota a falta do movimento corriqueiro, quando tenta adentrar o recinto o segurança o impede:
- Sr. Alfredo não esta autorizado a entrar hoje
- Como não? Eu trabalho aqui! Isso é um boicote? – responde o homem com os olhos até trincados de irritação – Você não sabe o que passei para chegar aqui, mulher que não me acordou, ônibus lotado de gente desocupada, fui assaltado mal tenho dinheiro para almoçar e voltar, e agora eu não posso entrar... Dê-me um bom motivo!
- Por que hoje é domingo seu Alfredo! É domingo! Agora volta pra casa...

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Telefonema


Ele acordou assustado, tomara um tabefe na cara enquanto dormia, ficou sem entender. A mulher ao seu lado fingia que dormia, mas não dormia, segurava o riso pelo que tinha feito, tinha se vingado...
No outro dia no café da manhã:
- Bom dia benzinho, Nossa o que é esse roxo no rosto? – disse ela fingindo surpresa – Arrumou briga na rua né? Parece criança...
O marido olha com cara de “quero te matar” e responde.
- Isso foi você quem fez essa madrugada! Sonhou de novo que estava num romance policial cheio de ação, ajudando aquele atorzinho barato que você acha lindo? Só pode né... Nem sabia que você tinha tanta força... Como vou trabalhar hoje? Tenho um cliente importante para atender...
- A Melissinha? – quando viu ela já tinha soltado
- Que Melissinha? – perguntou o homem franzindo o cenho confuso, não conhecia nenhuma Melissa, era um homem muito fiel.
- Uma mulher com esse nome, te ligou ontem a noite, eu atendi, você estava no banho, ela disse que espera pelo recebimento do serviço – disse a mulher torcendo os lábios e olhando como se possuísse uma metralhadora em mãos...
Foi ai que o pobre cidadão lembrou que semana passada o pneu do carro furou, que achou uma borracharia no meio do nada e que como não aceitavam cartão ficou de acertar assim que virasse o mês, e deu seu telefone para a atendente (que era mulher do borracheiro) ligar e fazer a cobrança, agora sabia o porquê do tabefe!
Explicou a mulher, que torceu a cara, quis provas, ele ligou e acertou o pagamento, levou a mulher quando foi levar o dinheiro.
A mulher compadecida quis se redimir, foi comprar um vinho artesanal que o marido tanto gostava numa fazenda uns 40 km fora da cidade, no meio do nada o carro quebra ela acha uma mecânica, agradece aos céus, lá não aceitam cartão, ela só tinha dinheiro para o vinho, deixa o telefone com o mecânico Ricardão e fica de acertar dali 15 dias...
Acorda uns dias depois no meio da noite com a cara ardendo um tabefe e o marido fingindo que dormia... Ai lembrou “o mecânico”...